
E QUANDO A RENDA FIXA FALA INGLÊS?
Investir em renda fixa no Brasil tornou-se um desafio muito grande. Quando perdeu a atratividade que a SELIC de 2 dígitos oferecia, levou consigo todas as demais taxas de renda fixa para as alturas.
Naquela época, era mais uma jabuticaba que só existia em nosso país. Mesmo se comparado a seus pares do terceiro mundo, o Brasil ainda mantinha níveis absurdos de juros.
Você não precisa falar inglês para ganhar dinheiro.
O INGLES ENTROU EM CENA
Com as taxas de juros de um digito e caindo, os sinais de alerta tocaram no conforto dos lares daqueles que ganhavam muito com seu dinheiro parado no banco, em renda fixa.
Eram os advisors, gerentes e “especialistas” de investimentos alertando que a necessidade de sair da teoria chegou, enfim. Em outras palavras, a diversificação chegou forçosamente ao mundo mundano da classe média brasileira.
Diversificar seus investimentos, no sentido deste artigo e da época – ainda estamos nela – significa olhar para o mundo e ver que a economia é globalizada e existem milhares de alternativas de investimentos além-mar.
Seja você um investidor de perfil moderado, arrojado ou agressivo – quem sabe até um conservador? – uma ponta do seu patrimônio precisaria estar alocada em inglês.
Mas… PORQUÊ?
1 – Oportunidades no exterior
Vamos olhar alguns dados: O PIB do Brasil, em relação ao PIB mundial, representa somente 2,5% deste, enquanto que o mercado de ações brasileiras representa 1% do mercado de ações globais.
2 – Diversificação Global
Diversificar seu portfólio de ativos domesticamente (no Brasil), não exclui um risco inerente ao país – o risco Brasil.
Por conta disso, por mais que você diversifique internamente sua carteira sempre haverá uma certa correlação entre os ativos.
Diversificar globalmente reduz a correlação total de seus ativos, e essa característica é de extrema importância quando temos eventos de cauda, os chamados “Cisnes Negros” – eventos altamente imprevisíveis.
Por exemplo, no governo do Presidente Temer, o fatídico “Joesley Day”, e a primeira semana da pandemia em marco/2020, que levou a Bovespa a ter 6 circuit breakers seguidos.
3 – Investir com proteção cambial
A escalada vertiginosa do preço do dólar no último ano trouxe muita insegurança ao investidor em relação a como iniciar sua aventura de investidor global.
O ponto importante aqui é que investir fora do Brasil não requer necessariamente ter exposição cambial.
Várias corretoras e bancos no Brasil já distribuem fundos de gestores internacionais, podendo aplicar diretamente em Dólar, com exposição cambial, quanto em Reais, oferecendo proteção contra a variação cambial.
Ou seja, nos fundos em Reais, investidores não precisam se preocupar com as grandes oscilações do Dólar, pois os retornos já estarão protegidos contra oscilações do câmbio.
NÃO QUERO RISCOS, VOU DE USA
O mercado americano é o maior mercado de investimentos do mundo, e o mercado de renda fixa é o maior mercado do planeta.
Dito isto, se sua intenção é entender quais são as opções de renda fixa americana, vamos começar pelos primos americanos do Tesouro direto brasileiro – as treasuries e os Bonds.
Os bonds são títulos de renda fixa emitidos por empresas de capital aberto ou instituições governamentais no mercado americano.
Por meio da emissão de bonds, tanto governos quanto empresas pegam dinheiro emprestado no mercado e oferecem em troca uma remuneração em juros. Essa rentabilidade é definida no ato da aplicação.
Os tipos mais comuns de bonds emitidos no mercado são os do governo federal, os títulos corporativos e os bonds com garantia de ativos, e são as:
1)Treasury bills (T-Bills) : vencimento em até um ano;
2)Treasury notes (T-Notes): vencimento entre dois e 10 anos;
3)Treasury bonds (T-Bonds): vencimento entre 10 e 30 anos.
E NOS BANCOS, TEM CDB LÁ?
O primo rico do CDB brasileiro nos EUA chama-se Certificate of Deposit (CDs) e são semelhante aos bonds. A diferença está no emissor desse título, que pode ser bancos ou instituições financeiras.
OK, AGORA O QUE DEVO FAZER PARA INVESTIR FORA?
PASSO 1) Se sua intenção for investir nos EUA nos ativos acima, você pode abrir conta numa corretora de valores sediada nos EUA. Você pode fazer como estrangeiro e/ou não residente.
Existem no Brasil algumas corretoras que já permitem que façamos a abertura dessas contas pelo Brasil e que iniciemos de imediato o câmbio e os investimentos.
PASSO 2) Através de seu banco no Brasil, ou de uma corretora, iniciar seus investimentos adquirindo cotas de fundos de investimento internacionais, ou comprando diretamente BDRs ou ETFs.
BDRs ou ETFs?
SIM!!! Mas… a seguir Cenas dos próximos capítulos…
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