“Ainda que pareça um contrassenso, quanto mais altruísta for sua atitude, mais benefícios você extraíra dos relacionamentos.”                                                                                                                 Reid Hoffman    Fundador do Linkedin

Dando sequência ao artigo GRATIDÃO E ALTRUÍSMO para ficar rico? Desenvolver os sentimentos e comportamentos de Gratidão, Altruísmo e Desapego constitui o tripé emocional fundamental para trilhar a jornada rumo à Independência Financeira.

O Altruísmo pode ser chamado de Egoísmo Positivo. Ou Egoísmo Construtivo. Se essa definição pode chocar a princípio, vamos desconstrui-la para clarificar a questão.

Egoísmo, segundo o dicionário Michaelis online (https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/egoismo):

– Atitude daquele que busca o próprio interesse, acima dos interesses dos demais.

– Conjunto de propensões ou instintos adaptados à conservação dos indivíduos.

– Doutrina que converte o interesse individual em princípio diretor de conduta.

Uma pessoa egoísta, pelas definições acima, é uma pessoa que coloca os interesses individuais como princípio diretor de sua conduta, adaptados à sua conservação (sobrevivência) e acima dos interesses dos demais.

OK. Gostaria de nunca encontrar com um sujeito desse tipo.

#SQN. Todo dia quando acordo, Ei-lo aí, no espelho do banheiro, me encarando. E ele me encara quando ando na rua em cada transeunte. Ou no trabalho, em cada colega.

Impossível sois para nós não sermos egoístas. Uns mais, outros menos.

E nossos interesses individuais sempre estarão acima dos demais por uma questão de equilibro: não posso cuidar de alguém, se não cuido de mim; não posso amar alguém, se não me amo e assim por diante.

Mas onde entra o “Positivo”, o “Construtivo”?

O positivo, o construtivo, junto ao “egoísmo” aparece para qualificar a natureza de nossas ações como não voltadas somente para nosso próprio interesse individual – correndo o risco de cairmos na quarta definição de egoísmo do Michaelis online:

Opinião excessivamente lisonjeira sobre si mesmo; pedantismo, presunção, vaidade.

Mas também – e principalmente – voltada para a sua definição antônima:

Amor espontâneo pelo próximo; abnegação, filantropia, proximismo.

Ou seja, no esforço consciente de desenvolvermos pensamentos, sentimentos e comportamentos que se traduzam em benefícios para o bem da Humanidade, no próximo, sem esperar uma contrapartida por isso.

Sem esperar um benefício em retorno.

Dar sem esperar receber em troca.

A definição de Egoísmo Positivo

ou Egoísmo Construtivo se baseia então na ideia realista e prática de temos que cuidar primeiro de si próprios, de nos amarmos, de cuidarmos de nossa Prosperidade, de nossa Saúde, de nossa Evolução, de sermos responsáveis pela nossa vida.

Autorresponsabilidade é o nome do jogo. Diferente de terceirizar sua vida para seus pais, para seu empregador, para seu presidente, para seu pastor, para seu Deus.

Seja VOCE o único responsável pela vida que lhe foi emprestada temporariamente.

Esse é o único e verdadeiro Egoísmo que merece uma definição no Dicionário da Vida. E que deve ser vivenciado com gosto.

E ele é a base para que possamos construir algo positivo em termos de ações altruístas no mundo.

Quem é Quem?

“Os doadores se sentem muito mais à vontade transmitindo vulnerabilidade: como estão interessados em ajudar os outros, não em demonstrar poder, não tem medo de expor falhas na blindagem.”                       Dar e Receber – Adam Grant

Adam Grant em seu primeiro e famoso livro “Dar e Receber” – um dos melhores tratados científicos sobre Altruísmo – ao analisar o estilo de reciprocidade de um sem-número de indivíduos, identificou três estilos de interação social:

– Os doadores

– Os compensadores

– Os tomadores

Cada um demonstra uma maneira predominante de influenciar outras pessoas.

Os tomadores, por exemplo, tendem a exercer um domínio maior via persuasão, argumentação logica, tendem a se impor mais e querer obter ganhos a curto prazo. O típico “ganha-perde”.

Os doadores, por sua vez, falam de maneira que sinaliza vulnerabilidade, revelando suas fraquezas e recorrendo a ressalvas, a concessões e a hesitações. Valorizam as perspectivas e os interesses alheios.

Desta forma, efetivamente conquistam prestígio e obtém resultados de longo prazo.

E os compensadores tendem a pensar em trocas, em toma-lá-da-cá. Em jogo de soma zero.

Qual deles é o mais ALTRUISTA?

Tenho certeza de que você que leu até aqui já entendeu que o perfil que mais se encaixa como um egoísta construtivo/ altruísta seja o de um doador, não é? E sim, você esta certo. Embora os outros dois perfis também hajam como doadores, se houver vantagens para eles.

Mas além de identificar os perfis, qualificar com exemplos os doadores reais que fazem e fizeram a diferença para melhor no mundo, Adam Grant nos remete à questão central deste artigo: os doadores altruístas, ou aqueles que, como eu e você, querem servir ao próximo, mas tem medo e receio de serem enganados, de serem trouxas no mundo dos espertos, dos tomadores, devem aprender táticas, aprender a serem “doadores alteristas”.

Muitos doadores altruístas acabam se exaurindo e perdendo a fé pelas seguintes razões:

– Confiam excessivamente nos outros

– Tendem a ver o melhor em todos

– Sempre tem a falsa premissa de que todos são confiáveis

Doadores alteristas é a definição que Adam utiliza para se referir a quem eu chamo de Egoísta Positivo/ Construtivo: são aqueles que “…adotam, de início, a confiança como premissa padrão, mas estão sempre prontos para ajudar os estilos de reciprocidade nas interações com alguém que pareça tomador graças as suas ações ou à sua reputação.”

Tomam o cuidado de confiar, mas também de verificar.

E “…em vez de apenas doar valor, como os doadores altruístas, os doadores alteristas primeiro CRIAM VALOR.”

E com quais ações podemos praticar para CRIAR VALOR?

AÇÕES ALTRUÍSTAS DE EGOÍSTAS..?!

“Os altruístas inteligentes, embora menos altruístas que os altruístas não inteligentes, serão mais ajustados que os altruístas não inteligentes e os indivíduos egoístas”                                                                                                               Herbert Simon.

Geralmente, subestimamos o número de pessoas dispostas a se doar pelos outros. Tentamos prever as reações alheias focando nos custos de dizer “sim”, ignorando os custos de dizer “não”.

Em outras palavras, projetamos parte de nosso medo de rejeição no próximo, acreditamos que é mais fácil dizer “não” do que dizer “sim”.

Por não tentarmos, não colocarmos o pé no terreno da incerteza, não teremos como saber se o gato está vivo ou morto – Assim dizia Schrodinger…

Sendo assim, se você só tem o não, vai com ele mesmo e nas práticas abaixo busque aquelas, senão todas, que você possa colocar em ação desde AGORA. E que o faça com CONSTÂNCIA, para que o aprendizado se solidifique dentro da sua alma.

1 – Espalhe mensagens de solidariedade

2 – Adote favores de 5 minutos

3 – Pratique a comunicação não autoritária, como: falar menos e ouvir mais; autopromover-se menos e aconselhar mais.

4 – Ajude a financiar um projeto

5 – Busque ajuda com mais frequência.

E conte comigo comentando ou enviando msgs, e-mails caso precise de mentoria ou dúvidas sobre essas práticas ou outros assuntos.

Boa Jornada!

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